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Natureza viva nas telas de RN.CL.Garcia

 @ Chiarelli, Renato / AUTVIS, Brasil / Vila Pão de Açúcar (Morro da Urca)

 

 




A Mata Atlântica paulista inspira, a cada dia, a obra viva do artista Renato Chiarelli Garcia, 33 anos. O escultor buscou a matéria prima para sua criação na terra molhada da Serra do Mar, região de Ubatuba. Durante a adolescência em Picinguaba, Renato acompanhou a construção das casas de taipa dos indígenas da região e se apaixonou pela terra vermelha. “Foi assim que eu conheci o latossolo e comecei a esculpir telas”, relembra.


RN.CL.Garcia, nome artístico, participou de sua primeira exposição aos 18 anos. Foram 20 obras expostas no Iate Clube de Ubatuba, ao lado de 20 artistas locais. “Logo cedo ganhei projeção. Nesta época meu trabalho ainda era bem bruto, natural, com muitos galhos. O material ainda era vivo. Era a Mata Atlântica pura. Lembro de uma obra que até brotou, começou a nascer uns galhos no meio da tela”, pontua.
Para aperfeiçoar suas obras, Renato Chiarelli pesquisou durante 3 anos técnicas de aplicação e misturas químicas que fornecessem durabilidade à matéria e à textura desejada nas telas. Assim, ele descobriu o pigmento de porcelana. “O pigmento deu mais liga à terra. Eu consegui um resultado excelente e pude alcançar realmente o mercado de arte. Antes minhas obras eram usadas apenas como enfeites de casa”, afirma. De acordo com o artista, o latossolo é utilizado artisticamente apenas no Brasil e em alguns países da África. “Como ele precisa de muito sol para secar, é difícil esse material ser desenvolvido em países mais frios”, explica.

A partir daí, Renato Chiarelli passou a esculpir a série Vilas, baseada em vilarejos do Brasil.


Atualmente, já são mais de 700 obras com foco nas casas de taipa do país. Depois que se profissionalizou, ele participou de exposições no exterior, entrou em várias galerias de arte e lojas de decoração.


Filiado da AUTVIS desde o ano passado, Renato Chiarelli acredita que a Associação assegura a identidade do seu trabalho e preserva seus direitos. “Muita gente copia minhas obras. Acho que a AUTVIS vai me ajudar bastante a cuidar disso”, afirma.

 
 

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Autor: Linhas Comunicação

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