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A inquietante e versátil criatividade de Rita Agueira

©AGUEIRA, Rita/ AUTVIS
Lenço de Renda (2014)

 

 

 

 


Em um mundo em constante movimento, observar a natureza humana e como o homem interage com ela é um dos passatempos favoritos da artista plástica Rita Agueira. É nessa conexão entre o concreto e o abstrato que a paulistana, filiada à AUTVIS, encontra a inspiração para suas obras, além de maneiras distintas de exprimi-la. “Geralmente, eu uso a ironia para manifestar essa minha inquietação. Somos seres naturais nos adaptando a cada dia a toda essa mudança da atualidade, em cenários enxutos e sintéticos, como imagens digitais”, afirma.

 

Essa inquietude vem desde a infância, quando Rita de Cássia Agueira Bassan já mostrava talento e aptidão para as artes e, inclusive, era incentivada a trilhar esse caminho. “Desde bem pequena eu gostava de copiar os desenhos de revistas numa lousa que tinha em casa e lembro dos adultos acharem aquilo muito legal”, conta. “Sempre demonstrei bastante habilidade com trabalhos manuais e meus pais me incentivavam com essas coisas”. Mais adulta, cogitou a possibilidade de cursar arquitetura, mas a paixão pelo mundo das cores e telas falou mais alto. Seguiu o caminho das artes plásticas. “Não me arrependi”, diz.

 

©AGUEIRA, Rita/ AUTVIS
Urbe 2

 

 

 

Mix de caminhos



As obras de Rita apresentam um leque de técnicas que se expande e se desenvolve a cada nova série de pinturas, esculturas, ou o que quer que se proponha a fazer, pois passeia muito bem por todas as vertentes que escolhe. É uma artista completa e com uma versatilidade indiscutível. "Eu transito do desenho à pintura, da modelagem com argila ao látex, dos objetos a instalações. Depende muito de que assunto eu esteja tratando no momento”. Aqui as cores também ganham uma representatividade ímpar. “Às vezes faço uso de policromias, outras vezes de monocromias, branco e preto e mais uma cor ou tons mais neutros. É simples necessidade de expressão”, diz.

 

O talento que possibilita esse movimento também contou, durante os anos, com a lapidação de importantes nomes da arte. “Tenho vários mestres como Paul Klee, Mondrian, Monet, Caravaggio, De Chirico, Pollock (esses dois últimos representados pela AUTVIS), e outros que são gênios como Picasso e Matisse (também representados pela associação). Acho que minhas influências são uma mescla de todos eles (e mais alguns), digo isso com muita humildade e respeito”.

 

Mas é através de sua curiosidade aguçada que encontra novas formas de transmitir sua arte para o mundo. Foi assim que conheceu o látex de borracha natural e descobriu que podia utilizá-lo para se expressar. “É um material versátil, que pode ser utilizado em esculturas e pinturas. Mas o que eu mais gosto nele é a possibilidade de se trabalhar sem a utilização de nenhum suporte. Eu uso o látex natural e acrescento os pigmentos para criar as cores que quiser. Isso me proporciona criar objetos como os acessórios de mesa e decoração”, conclui.

 

©AGUEIRA, Rita/ AUTVIS
Renda de látex vermelha

 

 

Arte que também é fashion

O estudo do látex proporcionou a descoberta de um novo mundo para Rita Agueira. Suas peças criadas a partir do material ganharam as passarelas e se tornaram desejo fashion. “Eu vejo as minhas peças como objetos de arte que podem ser usados. Não me considero uma estilista. Sou uma artista a produzir arte para ser usada no corpo ou na parede”, define.

 

Mas não há como negar sua aptidão para esse universo. Seu processo criativo foi capaz de transformar a borracha em rendas, tão lindas, ricas e delicadas como as criadas em tecido. “Para mim, as rendas são as pinturas sem suporte. Possuem leveza e sensualidade pelas propriedades inerentes ao material. O desenvolvimento técnico proporciona esse diferencial. São poucas as pessoas que sabem trabalhar com o látex, mas quem se especializa se apaixona pela técnica. E comigo não é diferente”, explica.



Essa paixão, aliás, aparece quando se pede para a artista elencar suas obras mais especiais e significativas. “Todos os trabalhos são muito importantes para mim e faço bastante pesquisa para realizá-los”, pondera. “Como, por exemplo, a série Cora Coração, inspirada em Cora Coralina. Para falar sobre Frida Kahlo (representada pela AUTVIS), foram 8 meses de “mergulho” no universo dela, para a exposição coletiva chamada Recuerdame. A Urbe, apresentada na Caixa Cultural de São Paulo, também foi um marco em minha carreira. Enfim, eu me envolvo totalmente num projeto e gosto muito dessa dedicação”, argumenta.

 


Aos 54 anos, e com uma carreira muito bem resolvida, Rita conta com o auxílio da AUTVIS para gerir suas obras e cuidar de seu precioso universo. “A AUTVIS me dá a segurança de garantir os meus direitos de imagem preservados e ajuda a divulgar o meu trabalho. Isso é fundamental para mim”, finaliza.

 

Para conhecer outras obras de Rita Agueira, CLIQUE AQUI.

 


 

Autor: Linhas Comunicação

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