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Warner Bros. e DC Comics perdem direitos sobre o Super-Homem

Uma vitória para os pequenos e um grande baque para os gigantes. A revista Variety anunciou nesta sexta-feira (14) que esta semana a família do roteirista Jerry Siegel ganhou mais uma batalha judicial contra as poderosas DC Comics (editora) e Warner Bros. (estúdio de cinema). Siegel, que morreu em 1996, é autor das primeiras edições e criador dos conceitos básicos do maior super-herói de todos os tempos, o Super-Homem. E agora sua família tem total controle sobre as premissas do personagem. Ou seja, tudo que foi criado para o Super-Homem durante as primeiras edições publicadas com o herói, em 1938, são agora propriedade dos herdeiros de Siegel.

Isso significa que os Siegels controlam todas as descrições da origem do Super-Homem no planeta Krypton, seus pais verdadeiros, Jor-El e Lora, a figura do personagem ainda criança, a chegada dele na Terra em uma cápsula. Em 2008, a família já havia adquirido os direitos do uniforme do Super-Homem, seu alter-ego Clark Kent, a jornalista Lois Lane, todo o cenário de trabalho no jornal Daily Planet e o "triângulo amoroso" entre o Super-Homem, Lois e Clark Kent.

A DC Comics, editora que publica o personagem, tem propriedade de alguns elementos dos arcos de histórias, tais como a habilidade do Super-Homem em voar, a palavra criptonita e os personagens de Lex Luthor e Jimmy Olsen.

Com a decisão judicial desta semana, a DC e a Warner Bros. só poderão produzir um filme com o personagem a partir de 2011, em acordo com a família Siegel.

A briga pelos direitos do personagem abre um precedente inédito na indústria do entretenimento nos Estados Unidos e sua mecânica de copyright. Siegel, ao lado do desenhista Joseph Shuster (que não teve esposa ou filhos), criou o personagem no fim dos anos 30 para a revista Action Comics e, como era de praxe na época, os dois venderam todos os direitos de sua criação pela nada rica quantia de 130 dólares. Vários outros super-heróis foram criados e vendidos no mesmo esquema.

Em 1947, a dupla de criadores entrou na justiça exigindo os direitos sobre Super-Homem e Superboy. Na época, a decisão judicial entendeu que os personagens haviam sido produzidos sob encomenda e, portanto, não poderiam ser propriedade de seus autores.

Em 1976, a lei dos direitos autorais foi alterada nos Estados Unidos. E a nova emenda previa que o criador poderia reaver sua criação ao fim do período obrigatório de renovação. Foi a partir dessa brecha que, em 1999, a família de Siegel deu entrada no processo de reaver os direitos do personagem.

Fonte: http://planetaterra.terra.com.br/interna/0,,OI3922340-EI10659,00.html

Autor: Redação Terra

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