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CLÓVIS GRACIANO

© GRACIANO, CLOVIS / AUTVIS, 2018
Painel e Banda

 

Clóvis Graciano foi um grande desenhista, pintor, gravador, ilustrador e cenógrafo. Além disso, o artista atuava como professor de artes e figurinista. Protegidas pela AUTVIS, suas obras continuam tocando o coração de brasileiros.

Para Lê Prudêncio, que cuida do acervo escrito de Graciano, a temática das obras faz parte do legado do artista na história da arte. “Ele focava muito em temas sociais e mostrava o trabalho das pessoas”, afirma.

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© GRACIANO, CLÓVIS / AUTVIS, 2018
Est painel café B Brasil

 

Graciano nasceu em 1907, na cidade de Araras, no interior de São Paulo. Em 1934, mudou-se para a capital paulista e começou a se dedicar com frequência à carreira artística. Participou de estudos com o pintor Waldemar da Costa e do curso de desenho promovido pela Escola Paulista de Belas Artes.

Em 1937, Graciano passou a integrar o Grupo Santa Helena, associação de artistas que ajudou a consolidar a arte moderna em São Paulo. Nomes como Mário Zanini, Francisco Rebolo, Alfredo Rizzotti, Manoel Martins, Aldo Bonadei, Fulvio Pennacchi, Alfredo Volpi e Humberto Rosa também faziam parte da organização. Eles se reuniam e criavam obras em ateliês no Palacete Santa Helena, que hoje dá lugar à estação de metrô da Praça da Sé.

 

© GRACIANO, CLÓVIS / AUTVIS, 2018
Mulher com ramalhete de flor

 


Ao longo de sua carreira, Clóvis Graciano foi membro e presidente da Família Artística Paulista (FAP), grupo que agregou integrantes do Santa Helena e nomes como Cândido Portinari (representado pela AUTVIS)  e Nelson Nóbrega.

Em 1948, o artista de Araras ajudou a fundar o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). No ano seguinte, viajou a Paris, na França, onde estudou técnicas de gravura e pintura de mural até 1951.


É importante destacar que Graciano também foi diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 1971, e criou ilustrações para obras literárias influentes. Entre elas, “Terras do Sem Fim”, de Jorge Amado, e “Cancioneiro da Bahia”, de Dorival Caymmi.
 



© GRACIANO, CLÓVIS / AUTVIS, 2018
Músicos passarinheiros



O artista, que faleceu em 1988, com 81 anos, criou uma série de murais que complementam a beleza de São Paulo até hoje. Um dos mais emblemáticos é o painel externo em cerâmica esmaltada, localizado no Edifício Nações Unidas. Ele foi criado em 1959 e tem pouco mais de 30 metros.


Os quatro painéis da Avenida Rubem Berta também fazem sucesso. Com 10 metros cada, as obras representam a história da capital paulista, desde os trajetos dos bandeirantes até o desenvolvimento e a colonização da cidade. Elas foram encomendadas pelo prefeito Faria Lima e inauguradas em 25 de janeiro de 1969, no aniversário de 415 anos de São Paulo.


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Autor: Beatriz Vaccari - Agência Entre Aspas

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